UNIVERSO DO FOREX


O Basico

Este curso foi projetado com o objetivo de prepará-lo para decidir o melhor momento para comprar, vender ou ficar de fora de uma ação, utilizando apenas alguns recursos proporcionados pela análise gráfica e umas poucas ferramentas complementares . Mas, antes de iniciar o curso, será necessário que aprenda o que é ou representa uma ação e algumas particularidades sobre elas, pois afinal de contas elas serão o principal objeto deste curso, a nossa ficha de jogo!.


Ações: São títulos de renda variável, emitido por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
Exemplo:
Suponha que você e seus amigos pretendam fazer um investimento para criar um site na Internet voltado para o mercado financeiro denominado âAplicar.com e, para tal, desejem criar uma empresa. O valor do investimento a ser efetuado será o capital social da empresa. Mas, como cada um dos amigos deseja investir valores diferentes resolveu-se dividir o capital por um número determinado de unidades iguais. Assim, cada um dos investidores terá um número determinado de unidades, representativas da proporção do seu investimento.


Supondo que o investimento inicial seja de R$100.000,00 dividido em 100 partes iguais, podemos dizer, então, que cada uma das 100 ações desta empresa vale R$1.000,00, ou que o capital social desta empresa es tá representado por 100 ações * no valor de R$1.000,00 cada uma. Além disso, imaginando que no futuro as ações dessa empresa serão negociadas na Bolsa de Valores em busca de novos sócios e recursos mais baratos do que recorrer ao sistema bancário em geral, os sócios -fundadores decidiram dividir o capital social da empresa em ações do tipo ordinárias e preferenciais de mesmo valor. Assim, a cada ação ordinária corresponde uma ação preferencial e o capital social da empresa ficou representado por 50 ações ordinárias e 50 ações preferenciais.


As ações Ordinárias proporcionam aos seus detentores uma participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais, portanto conferem direito de mando na empresa. As ações Preferenciais garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade.
 

Uma vez criada a empresa, suponhamos que tenham sido atendidos junto aos órgãos competentes todos os requisitos para que a ela possa, a partir de agora, ter as suas ações negociadas na Bolsa. A forma de negociação será por transferência escritural. Também poderia ser Nominativa.

 

O que distingue uma da outra é que as Ações Escriturais não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física dos documentos, ao passo que as Ações Nominativas são cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando o novo acionista.

 

As ações apresentam uma rentabilidade variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação. Dividendos - A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido na Assembléia Geral Ordinária de Acionistas, de acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado período.

 

Bonificação em Ações - Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Direitos de Subscrição - É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas - com preferência na subscrição - em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa.


Venda de Direitos de Subscrição - Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a terceiros, em bolsa, os direitos que detém.


Agora que já tem uma noção do que representa uma ação e de algumas das suas principais características, podemos seguir adiante.


Imagine que hoje se dará a estréia da ação da Aplicar.Com no pregão. Para efeito de acompanhamento registraremos a evolução dos negócios através de um gráfico em que o eixo vertical representa uma escala dos preços de negociação e o eixo horizontal a seqüência temporal dos negócios, conforme representado a seguir:

 

 

A partir deste momento, deparamo-nos com o problema que todo e qualquer investidor tem, ou seja, avaliar de algum modo se o preço destas ações, agora cotadas em bolsa, está caro ou barato, se vai permanecer onde está, se vai subir ou se vai cair.


Existem várias maneiras de fazer esta análise, mais duas possuem mais seguidores: a análise técnica e a análise fundamentalista. Embora ambas tentem resolver o mesmo problema da direção do preço, elas diferem na sua forma de avaliação. A escola fundamentalista estuda as causas do movimento do preço, enquanto a escola técnica estuda os efeitos.

 

O analista técnico argumenta que os efeitos são tudo que ele quer ou necessita saber e que as razões pelas quais os preços se movimentam são desnecessárias. O analista fundamentalista, por outro lado, sempre tem de saber o porquê.

 

A escola fundamentalista trabalha com dados provenientes do estudo econômico-financeiro da empresa dentro do cenário micro e macro econômico, eventualmente, associado ao cenário internacional, enquanto a escola técnica trabalha com dados disponibilizados pela movimentação dos preços e volumes, utilizando gráficos, teorias e indicadores matemático-estatístico a eles relacionados.

 

Sendo as Bolsas locais onde os preços se formam livremente pelo enfrentamento entre as forças da oferta e da procura, o técnico assume que tudo que lhe interessa analisar é o movimento do preço, na medida em que ele embute a atuação e a expectativa de todos os agentes que participam do mercado. Colocando de outro modo, para o técnico o preço é a resultante de todas as forças que atuam no mercado.

 

Ao interpretá-lo detectará a força predominante. Assim, por exemplo, um investidor que tenha acesso a algum tipo de informação privilegiada sobre uma determinada empresa e decidir tirar partido dessa informação, dificilmente não terá sua atuação detectada pelo analista técnico, muito embora este não saiba o motivo nem quem está agindo. Mas, o para o técnico, o que importa não é o motivo e sim o seu reflexo no preço.

 

Ao longo dos últimos anos ministrei vários cursos de análise técnica tomando por base o modelo convencional adotado por todos os cursos de análise técnica, começando pela sua origem, seguindo pela apresentação de algumas das várias teorias, deixando para o final a parte prática que, pela escassez do tempo nunca foi totalmente dissecada. Na verdade, aquilo tudo me incomodava muito, pois achava muita coisa desnecessária, mas era aquilo que os alunos esperavam encontrar num curso de análise técnica.

Neste, decidi rasgar a fantasia e cair na realidade daquilo que acho necessário para que uma pessoa possa ter um desempenho satisfatório em qualquer mercado onde os preços se formem livremente através da oferta e da procura. Para que este objetivo se torne possível será necessário que aceite como “dogma” que este tipo de mercado, onde os preços se formam livremente, nada mais é do que um jogo onde os ativos nele negociados são fichas. A única exigência prévia é que estas fichas sejam amplamente negociadas (que tenham liquidez).


Assim como num jogo de xadrez ou de dama, o nosso jogo também será jogado num tabuleiro. Só que o nosso tabuleiro será limitado por um eixo vertical de preço e outro horizontal de tempo, onde as linhas horizontais imaginárias serão obstáculos a serem transpostos e as diagonais nossas vias de locomoção. Nossas peças serão sempre as mesmas: barras de preços. Elas poderão se mover para cima, para baixo ou lateralmente, sempre em direção à direita.

 

 

O que é uma barra de preços? Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é o registro pictográfico da atividade do preço de um ativo financeiro durante um período, onde cada preço é um consenso momentâneo de valor de todos os participantes do mercado, expresso em movimento. Voltemos ao primeiro dia de negócios com as ações da Aplicar.com

 

 


Cada barra de preço fornece alguns pedaços de informação sobre o equilíbrio de forças entre compradores e vendedores. Para que entenda um gráfico precisa saber interpretá-la. Vamos supor uma barra de preço que reflita o período de um dia de pregão. Na barra vertical, através de um traço (tique) horizontal à sua esquerda está representado o nível de preço do primeiro negócio do dia, a abertura (1.000).

 

O último negócio do dia, o fechamento (1.001), é representado por um tique horizontal à sua direita. As extremidades representam respectivamente a máxima (1.003) e a mínima (999) atingidas neste dia. As marcas que representam abertura e o fechamento são fáceis de se entender como surgem, mas como se formam os extremos? O extremo superior (a máxima) se formou quando a disposição dos compradores em pagar preços cada vez mais altos foi sobrepujada pela força de venda contrária dos vendedores naquele nível.


Ou seja, o preço sobe até um determinado nível, em princípio desconhecido, que uma vez atingido mobiliza uma massa de vendedores cujo desejo de venda impede que o preço siga adiante. O extremo inferior se forma de modo inverso.


Agora que já sabe o que é uma barra, aprenda sobre as periodicidades mais comuns em que são construídas, porque serão elas que determinarão a abrangência do que estiver observando num gráfico, de modo a poder determinar os níveis de suporte e resistência mais significativos.

 

Para que possa entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entre compradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vamos inventar uma barra com as seguintes informações: abertura = 4,20, máxima = 13,00, mínima = 1,50 e fechamento = 11,50. Agora, vamos dissecá-la, criando um desdobramento hipotético. Faça de contas que o pregão é dividido em 18 períodos de 15 minutos com intervalos de 1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos seja construída de maneira idêntica à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor do fechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal representando uma escala de tempo e o vertical de valor), é possível visualizar, através da movimentação das barras de 15 minutos, como foi o movimento interno do pregão daquele dia.

 

 

No exemplo da página anterior, na primeira barra de 15 minutos, a abertura (o primeiro negócio concretizado) foi a R$4,20. Depois, o preço cedeu ligeiramente até R$4,00 (registrando a mínima desta barra), subiu até 9,20 (registrando a máxima desta barra) e cedeu fechando (o último negócio executado desta barra) a 7,40. Na barra seguinte, o primeiro negócio (abertura) foi feito a 7,40.

 

Em seguida o preço subiu ligeiramente atingindo a máxima de 7,50, de onde começou a declinar até chegar a uma mínima de 4,50 e fechar com uma l igeira melhora a 5,20. Na terceira barra, o primeiro negócio (abertura) foi fechado a 6,10. Coincidentemente, em função de o primeiro negócio ter sido executado no valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendo igual ao da abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o último negócio realizado a 3,20.

 

Como o valor do último negócio foi feito no preço mais baixo da barra, a mínima e o fechamento ficaram com os mesmos valores. Com base no que foi visto, proponho um teste de assimilação: Quais são os valores (aproximados) de abertura, máxima, mínima e fechamento das ÚLTIMAS 14 barras? Na próxima página encontrará uma tabela pronta para fazer o exercício.

 


A combinação destas idas e vindas das barras de periodicidade de 15 minutos, que abrangem um dia inteiro de negociações (um pregão), forma uma única barra de periodicidade diária. No diagrama acima ela está representada pela barra em negrito, a última e a maior de todas. Ela incorpora o preço do primeiro negócio do dia (abertura), a maior máxima e a menor mínima registradas dentro do dia e o último negócio do dia (fechamento).

 

Como pode observar, apesar de não detalhar todas as oscilações do mercado naquele dia, o que vimos através das barras de 15 minutos revela uma boa parte do todo. Neste dia, os compradores venceram a batalha porque o preço subiu. Ao longo deste curso e das revistas, freqüentemente você lerá textos com referências a gráficos intradia, diários, semanais e mensais. São assim designados em função da periodicidade (freqüência) da barra. Num gráfico semanal, uma única barra tem o mesmo padrão de combinação do exemplo que vimos com as barras de 15 minutos formando uma única barra diária.

 

Só que, em vez de reunirmos a abertura, a máxima, a mínima e o fechamento de 18 barras de 15 minutos, combinamos os mesmos valores das barras diárias que se formaram durante a semana (5 barras numa semana sem feriado. Se tivermos um feriado na semana, a barra semanal assume o valor combinado das quatro restantes. Se a semana tiver apenas 1 dia útil, as barras diária e semanal serão iguais). Num gráfico mensal, uma única
barra representa a combinação dos valores de abertura, máxima, mínima e fechamento das barras diárias que se formaram dentro daquele mês. E, assim por diante.

 

Embora ainda não esteja acostumado a observar e interpretar um gráfico vá começando a treinar. Observe no gráfico da próxima página como uma barra de periodicidade de 15 minutos se converte numa barra de 1 hora, que por sua vez se converte numa barra diária que por sua vez se converte numa barra semanal.

 

 

 

Próxima Pagina (Ponto de Retorno,Topos, Fundos, Suportes e Resistências)