UNIVERSO DO FOREX


O BASICO DA ANALISE GRAFICA 2

 

Na primeira aula, aprenderam como se constrói um gráfico de barras e quais são as principais referências para se fazer a sua leitura associada a alguns princípios da Teoria de Dow. Nesta, continuaremos focando a leitura e interpretação dos gráficos através de algumas figuras (contornos) facilmente identificáveis que surgirão de tempos em tempos e que carregam consigo o poder de prognosticar (antecipar), pela sua simples presença, o desdobramento futuro dos preços. Na análise gráfica são conhecidos por padrões dos gráficos de barras.

 

Padrões dos Gráficos de Barras

São padrões ou formações gráficas que surgem em determinados momentos, através dos quais, baseados na freqüência de sua ocorrência no passado e do que aconteceu com o mercado em seguida, podem nos ajudar, por analogia, a decidir quando é mais provável que uma Tendência prossiga ou reverta.

 

Para efeito da metodologia que estamos desenvolvendo, não são tão importantes, podendo-se até prescindir deles. Mas é sempre bom conhecê-los, pois poderá encontrar novos caminhos e um curso de análise gráfica não ficaria completo sem o seu conhecimento. Os padrões existentes são classificados como de Continuação ou de Reversão.

 

PADRÕES DE CONTINUAÇÃO

Como diz o próprio nome são padrões que se formam durante a movimentação de uma tendência. De tempos em tempos, quando em tendência, o preço de um ativo qualquer dá uma parada para retomada de fôlego e depois continuar se movimentando na direção em que vinha se movendo.

 

Essas interrupções momentâneas assumem diferentes formas, no geral denominadas de áreas de congestão. As principais são os triângulos, retângulos, cunhas, bandeiras e flâmulas, sendo que apenas os dois últimos aparecem apenas como padrões de continuação. Os demais, também podem aparecer como padrões de reversão.


1. Triângulos: são áreas de congestão cujos limites superior e inferior convergem para a direita. Para poder traçar um triângulo precisa-se de, pelo menos, quatro pontos de retorn o: dois de fundo e dois de topo. Um triângulo pequeno, cuja altura corresponda a 10 ou 15% do movimento precedente, provavelmente será um triângulo de continuação. Na maioria das tendências de alta e de baixa se encontram muitos destes triângulos.

Grandes triângulos, cuja altura correspondem a um terço ou mais do movimento precedente, provavelmente funcionarão como padrão de reversão. Dependendo do seu ângulo, o triângulo pode ser classificado em três tipos: simétrico, ascendente e descendente.

 

1.1. Triângulo Simétrico: é aquele cujos limites superior e inferior convergem para a direita num mesmo ângulo de inclinação. Normalmente reflete um equilíbrio de forças entre compradores e vendedores e sua resolução usualmente é de continuação. Durante sua formação, os preços vão caminhando para a direita através de flutuações cada vez mais estreitas, na direção do vértice, com sensível redução do volume, até que sem nenhum aviso, rompe o triângulo com grande impulso com notável aumento do volume.

 

Raramente, durant e a formação de um triângulo, se obtém qualquer indício da direção em que será perfurado, até que finalmente o seja. Algumas vezes, pode-se ter uma boa idéia observando-se o que está acontecendo nos gráficos de outras ações, mas freqüentemente, só lhe resta aguardar até que se defina. Tudo, neste padrão, indica vacilação ou dúvida.

 

 

Veja abaixo, dois triângulos simétricos que funcionaram como padrão de continuação:

 

Observe o comportamento do volume durante a formação do triângulo e o súbito aumento na penetração.

 

Observando o gráfico diário do Bovespa no exemplo abaixo, podemos ver um triângulo simétrico que funcionou como padrão de continuação da tendência prévia e outro, logo a seguir, que serviu como padrão de reversão.

 

1.2. Triângulos Ascendente e Descendente: são aqueles em que um dos limites é praticamente uma linha horizontal e, o outro, uma linha inclinada. Em muitos aspectos, de fato na maioria, são muito semelhantes ao Simétrico, mas com pequenas e generosas diferenças, pois informam antecipadamente suas intenções.

 

Daí seus nomes, pela suposição de que num triângulo ascendente os preços romperão para cima e, num descendente, para baixo. Raramente ocorre uma falha neste padrão.

 

 

Se a linha de topo for horizontal e alinha de fundo inclinar-se para cima ao encontro da horizontal, estamos diante de um Triângulo Ascendente. Se a linha de fundo for horizontal e a do topo, inclinada para baixo ao encontro da horizontal, estamos diante de um Triâng ulo Descendente.


Estas formações são lógicas e fáceis de explicar. O Triângulo Ascendente, por exemplo, mostra de forma simples o que acontece quando uma procura crescente por uma determinada ação encontra uma grande oferta para ser vendida a um preço fixo. Se a procura continuar, a oferta será totalmente absorvida por novos compradores, que acham que os preços atingirão níveis mais altos.

 

Este tipo de atividade do mercado evidencia um plano de distribuição elaborado por possuidores de grandes lotes, que desejam liquidar sua posição a um preço pré-determinado. O Triângulo Descendente deve-se a condições de mercado inversas àquelas responsáveis pelo triângulo ascendente. Suas implicações são igualmente fortes e, suas falhas, igualmente raras. Tal e qual no triângulo simétrico, as boas perfurações ocorrem entre a metade e ¾ do seu
comprimento.


O comportamento do volume é muito parecido com o do triângulo simétrico, diminuindo na medida em que os preços vão se aproximando do vértice. Nas formações ascendentes, o volume tende a aumentar ligeiramente durante as subidas dentro do padrão e a diminuir nas quedas dentro do padrão; nas formações descendentes, o oposto é verdade, porém, algumas vezes não tão evidente. Estas flutuações menores dentro do padrão, entretanto, não afetam a característica global da diminuição do volume, até que o ponto da perfuração seja atingido.


De modo similar aos triângulos simétricos, as perfurações para cima num triângulo ascendente, também exigem um grande aumento do volume, caso contrário, devem ser vistas como suspeitas. Perfurações para baixo nos triângulos descendentes não necessitam de grande volume.


Uma observação que vale para todos os tipos de triângulos é que normalmente, logo após o rompimento da linha, ocorre uma volta rápida em sua direção, seguida de aceleração na direção do corte. Outro aspecto importante é o tempo de resolução dos triângulos. Os três tipos, geralmente se definem num prazo que varia de três semanas a três meses, podendo, entretanto, durar um pouco mais.


Seguem-se alguns exemplos reais de triângulos ascendentes como padrão de continuação e de reversão, um triângulo descendente como padrão de reversão e outro triângulo simétrico de continuação.

 

Note, em todos os exemplos, que as projeções de medida após os cortes das linhas dos diferentes triângulos foram muito além do projetado. Nos padrões de continuação, tenho observado que, na maioria das vezes, os triângulos ficam sendo a metade do caminho a ser percorrido. O diagrama da próxima página ajudará a es clarecer o que estou querendo dizer:

 

Pelos métodos de projeção convencionais, os objetivos mínimos, após o corte da linha do Triângulo seriam: a) a continuação do movimento até a linha pontilhada; b) a medida da altura da base adicionada no ponto de corte.

Baseado na observação empírica de que funcionam como metade do caminho, meça a altura do movimento precedente à formação do triângulo e transfira esta medida a partir do último ponto de retorno anterior ao corte do triângulo.

 

(Como operar as penetrações de um Triângulo: estratégias)


De um ponto de vista tradicional, que é o que nos importa neste momento (mais adiante, daremos um tratamento diferente), existem dois níveis operacionais:


a) Comprar/vender na penetração do corte. Neste caso, o estope inicial ou de proteção deve ser colocado um pouco abaixo da linha oposta;


b) Esperar o movimento de volta à linha, após sua penetração e comprar/vender na ultrapassagem do topo/fundo anterior. Neste caso, o estope deve ser colocado um pouco abaixo/acima do ponto de retorno do movimento de retomada da penetração original.

 

Apesar desta volta não ocorrer 100% das vezes em que uma linha é penetrada, ocorre na maioria das vezes. Acho esta operação mais segura, mas nem sempre poderá ser feita.

 

 

Tudo que foi visto aqui sobre os triângulos, dos padrões às características e estratégias, aplicam-se em qualquer periodicidade. Triângulos podem se formar nos gráficos de 15 minutos, semanal, mensal, etc. Seu significado será sempre o mesmo, isto é vacilação ou dúvida, na periodicidade em que estiver se desenvolvendo.


Encerro o assunto triângulos chamando sua atenção para dois aspectos:


a) Durante a formação dos triângulos há uma forte propensão dos movimentos internos respeitarem com muito rigor o limite das linhas externas de definição do padrão;


b) Tive alguma dificuldade para encontrar nos meus gráficos muitos exemplos de triângulos, porque, com bastante freqüência, após uma de suas linhas ter sido penetrada, em vez de continuar subindo (ou caindo) como seria de se esperar, ao chegar nas proximidades do ponto mais alto (ou mais baixo) do padrão, a formação deriva para um retângulo.

 

Deste modo, quando estiver iniciando uma operação de compra ou de venda, vale a pena verificar a distância do ponto de corte até o extremo da base para verificar se, antes de ultrapassar a última resistência, a relação risco/recompensa vale a pena. Se não for, será mais seguro esper ar pela confirmação da penetração do extremo da base do padrão para iniciar uma operação.

 

Escrito de uma outra forma tem o mesmo sentido que: suponha que o topo de um triângulo seja 20. Se o corte da linha superior ocorrer em torno de 19, será melhor esperar romper a resistência dos 20 para comprar. Porém, se o corte da linha superior se der em torno de 15, com espaço para um lucro razoável antes de atingir a resistência de 20, vale à pena comprar no corte.


2. Retângulos: são formações que consistem de uma séria de flutuações de preços que vão se estendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo, contidas entre duas linhas horizontais (de topo e de fundo), raramente paralelas, formando uma área de congestão. Esta formação, diferentemente dos triângulos que indicam vacilação ou dúvida, reflete um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado.


Costumam surgir com mais freqüência como padrão de continuação, mas também surgem como padrão de reversão. Tanto podem ocorrer como padrão de continuação de alta ou de baixa, como padrão de reversão de topo e fundo.

 

De um modo geral, suas características são muito semelhantes às do Triângulo Simétrico. O volume tende a diminuir gradualmente durante sua formação, voltando a crescer durante e após sua perfuração. Nos retângulos altistas, apesar da diminuição do volume, o volume tende a crescer nas subidas internas do retângulo e a diminuir nas quedas dentro do padrão.

 

Num retângulo baixista é o inverso, isto é, tende a aumentar nas qu edas e a diminuir nas subidas e estas características podem nos auxiliar quando estivermos verificando qual o lado mais provável de ser perfurado.

 

Veja no gráfico semanal de Petrobrás preferencial, acima, um retângulo de continuação e outro que ainda é uma incógnita.

 

O padrão do volume deste último mostra que ele cresce nas quedas e decresce nas subidas, sugerindo que o retângulo em andamento deve se resolver como uma penetração para baixo. Mas tanto nesse, como no anterior, apesar do volume sugerir uma penetração para baixo, ambos saíram para cima, revelando que o mercado está sempre mudando o que se torna popularmente aceito como definitivo.

 

Mais comum ainda do que nos triângulos, é muito freqüente logo após o rompimento de um retângulo uma volta à linha penetrada, seguida por uma retomada na direção penetrada. Esta volta ocorre em 40% deles, em geral num período que pode variar de três dias a três semanas, mas nada impede que possa demorar mais.


 

Quando um retângulo é perfurado numa base de fechamento, o objetivo mínimo do movimento subseqüente pode ser facilmente determinado, bastando dobrar a altura do retângulo, como ser visto no diagrama da página anterior.

 

Existe outra forma de projeção, feita com o uso da técnica do gráfico pontofigura que veremos quando abordarmos esta técnica. Por hora posso dizer que ela tem a ver com a extensão do retângulo. No gráfico de Eletrobrás pnb (diário), ao lado, observe como esta longa base de um ano deu origem a um grande movimento de alta, após o seu rompimento.

 

Os retângulos normalmente se resolvem num período de um a três meses, similar aos Triângulos e as Cunhas, que será o próximo padrão a ser examinado.

 

Como todos os padrões de continuação e de reversão que veremos, surgem em qualquer periodicidade, no geral mantendo sempre as mesmas características durante sua construção.


Abaixo podem ser vistos mais alguns exemplos reais onde os retângulos funcionaram como padrão de continuação de tendências de alta, bem como, padrões de reversão de topo e fundo:

 

 

3. Cunhas: são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficam contidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dos triângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima ou para baixo. O padrão do volume é similar aos dos triângulos e retângulos, diminuindo substancialmente durante seu desdobramento. Seu tempo de formação e resolução é similar ao dos triângulos, de um a três meses, mas pode demorar mais.

 

 

Como pode observar no diagrama anterior, suas definições têm o sentido oposto às suas designações, isto é,
uma cunha descendente é altista e uma cunha ascendente é baixista.


O movimento posterior à perfuração de uma cunha ascendente (baixista) exige uma atitude operacional rápida, ao passo que, o da cunha descendente (altista), deixa mais tempo para raciocinar.

 

O objetivo mínimo do movimento após a perfuração é a distância medida entre o ponto mais alto (cunha descendente) ou a do ponto mais baixo (cunha ascendente) e o vértice, transferida verticalmente para o local do corte, conforme indicam as setas pontilhadas do diagrama da página anterior. Seguem-se, abaixo, alguns gráficos que estavam se desdobrando num padrão de Cunha Descendente, com implicações altistas:

 

 

Mais alguns exemplos de Cunhas que funcionaram como padrão de reversão e continuação, bem como, mais uma possível cunha de alta que pode estar em andamento:

 

Como operar as penetrações e o interior dos Retângulos e das Cunhas: estratégias


As estratégias operacionais para os Retângulos e Cunhas são basicamente as mesmas utilizadas para se operar os Triângulos. O que muda é o traçado do desdobramento.


4. Bandeiras, Flâmulas e Similares: são pequenas e compactas flutuações de preços, que vão formar pequenos paralelogramos ou retângulos, ligeiramente inclinados contra a direção da tendência predominante. Quando aparecem numa tendência de alta, sua semelhança com uma bandeira tremulando no mastro é muito grande, daí seu nome.

 

Sempre surgem após um avanço vertical rápido e extenso (que vem a ser o mastro), durante o qual se verifica um aumento crescente do volume. Quando esse movimento encontra resistência, se inicia a construção da bandeira, com o mercado dando uma ligeira recuada e os preços ficando contidos dentro de duas linhas horizontais, mais ou menos paralelas e inclinadas, com redução gradual do volume.

 

A resolução dessa congestão pode levar de cinco dias a três semanas, sendo que, quando são rápidas, não chegam a ficar inclinadas, assemelhando-se a pequenos quadrados. Quanto maior a distância entre as linhas que a formam, maior o tempo gasto.

 

A penetração do padrão implica em aumento do volume e pode-se esperar que o movimento que se segue tenha a mesma extensão do movimento anterior à formação da Bandeira, i .é., o mastro é duplicado, com a bandeira ficando como metade do caminho. Quando surgem em tendências de baixa, suas características são as mesmas, só que no sentido inverso e com propensão a uma definição mais rápida.


As flâmulas diferem das bandeiras apenas pelo seu formato, mantendo todas as demais características. Seu aspecto está muito mais para um triângulo inclinado ou uma pequena cunha. Elas também se formam após um rápido avanço (ou declínio) dos preços e, durante sua construção, o volume diminui de forma sensível, mais rapidamente ainda do que durante a construção das bandeiras. As projeções dos objetivos mínimos são idênticas às das bandeiras.


Bandeiras e flâmulas são consideradas pelos grafistas, como padrões dos mais confiáveis, tanto na indicação da direção do mercado, como nas projeções de medida. Ocasionalmente podem falhar, mas nunca sem antes dar um sinal que o padrão tenha se completado. Para que possa se prevenir dessas falhas, basta que observe atentamente para três aspectos:


1. A figura de consolidação (bandeira ou flâmula) deverá surgir após um movimento quase em linha reta vertical.


2. A atividade (volume) deverá diminuir considerável e constantemente durante a construção do padrão, e continuar a cair até que os preços saltem para fora dele.

 

3. Os preços deverão perfurar o padrão na direção esperada, no máximo em quatro semanas. Um padrão desse tipo, que se estenda além de três semanas, deverá ser visto como suspeito.


Veja abaixo alguns exemplos reais:

 

Como pode ver nos gráficos acima, estas formações surgem uma atrás da outra somente quando um ativo ou um índice entra em tendência. Embora sejam padrões facilmente perceptíveis, são os mais difíceis de serem seguidos, se não for acompanhado de um sólido critério analítico e operacional.


Para a maioria dos investidores, principalmente aqueles menos experientes que ainda se encontram na fase oral (das dicas), é muito difícil realizar quando um papel já subiu um bom pedaço, que se deve comprar (adicionar) mais alguns lotes na medida em que forem surgindo novos pontos de compra.

 

Em geral, após comprar e obter algum lucro ele passa a ficar preocupado em proteger aquilo que já ganhou e dificilmente resiste comprado após um ou dois dias consecutivos de queda.


Quando o papel volta a subir, após uma breve respirada (a bandeira ou flâmula), ele não tem mais coragem para recomprar e deixa de obter os benefícios de uma tendência. Acho que é por isto que dizem que o investidor menos experiente não deixa o lucro crescer.


Daqui para frente, quando observar um ativo qualquer rompendo uma resistência ou um suporte importante e começar a subir/cair de forma acelerada, lembre-se que provavelmente surgirão pela frente vários novos pontos de compra ou de venda, conforme o caso.


Você se sentirá emocional e psicologicamente muito melhor se definir estopes técnicos e deixar correr. Ainda que não tenha iniciado uma operação na primeira perna de alta após o rompimento de uma resistência ou suporte significativo, se perceber a formação de uma bandeira, uma flâmula ou qualquer coisa similar (no sentido da rapidez da correção e não da forma), compre (venda) na ultrapassagem do topo (do fundo) da primeira bandeira ou flâmula e coloque um estope inicial um pouco abaixo do fundo (do topo) da bandeira ou flâmula e a cada nova correção vá adicionando sem prejudicar seu preço de compra (venda) inicial subindo simultaneamente o estope de toda a posição para o fundo (topo) anterior onde adicionou na ultrapassagem.

 

Quando for estopado, muito provavelmente a tendência estará se esgotando e, ainda que devolva algum, com certeza terá sido uma operação das mais lucrativas. Diagramando estas estratégias, teríamos:

 

 

Coloquei intencionalmente dois níveis de compra e de venda na segunda correção. O motivo é o seguinte: quando a correção evoluir num formato retangular, o estope deverá ficar um pouco abaixo do fundo do retângulo e o ponto de compra ocorrerá na ultrapassagem do topo do retângulo. Porém, quando a correção se dá em forma de cunha ou de um pequeno canal de baixa, muitas vezes, em termos de preço, ocorre uma forte retração.

 

Nestes casos, dependendo do cenário geral do mercado [muitos papéis subindo de forma generalizada e alternada (ou muitos papéis caindo de forma generalizada e alternada)], pode-se fazer a compra (ou a venda) no corte da linha de tendência de baixa colocando um estope um pouco abaixo da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha.
 
Entretanto, este procedimento não é tão seguro quanto comprar na ultrapassagem do topo do padrão. Embora exista a possibilidade de falha na estratégia de comprar na ultrapassagem do topo, este risco será sempre menor do que no interior do padrão. Por isto, antes de iniciar uma compra no corte da linha de tendência de baixa deve -se fazer as contas de quanto custará, caso venha a ser estopado, para ver se é melhor do que esperar pela ultrapassagem do topo do padrão, no caso de ter de repetir a compra no corte da linha de tendência de baixa retraçada.

 

Algumas vezes, fazer uma operação num nível de compra mais baixo, ser estopado e repetir o procedimento, custa menos do que esperar pela penetração do topo. Com isto encerramos nossa viagem pelos padrões de continuação e examinaremos a partir de agora os padrões de reversão.

 

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