UNIVERSO DO FOREX


NEGOCIAÇÕES NO MERCADO DE CAMBIO ON-LINE

 

1 – FOREX


O mercado Financeiro on-line.


Forex – O mercado que não para de crescer?


O mercado internacional de moedas Forex é um tipo especial de mercado financeiro mundial. O objetivo dos negociadores no Forex é obter lucro como resultado da compra e venda de moedas estrangeiras. As taxas de câmbio de todas as moedas presentes no giro do mercado alteram-se de forma permanente, de acordo com a alteração da oferta e da demanda. Esta última está sujeita em grande parte à influência de qualquer evento importante para a sociedade humana em termos de economia, política e natureza. Conseqüentemente, os preços correntes de moedas estrangeiras, avaliadas em relação ao dólar americano, por exemplo, flutuam entre seus valores mais altos e mais baixos. Os negociadores obtêm ganhos através do uso dessas flutuações, em conjunto com o princípio conhecido de “comprar mais barato – vender mais caro”.


Forex é diferente de todos os outros setores do sistema financeiro mundial, graças à sua alta sensibilidade e a um grande número de fatores que se alteram constantemente. A acessibilidade para qualquer negociador que seja uma pessoa física ou jurídica, à rotatividade exclusivamente alta de negociações que criam uma liquidez garantida para as moedas negociadas, às operações durante vinte e quatro horas que permitem aos negociadores fazer transações após os horários comerciais normais ou durante feriados nacionais em seus países quando encontram os mercados estrangeiros funcionando.


Assim como qualquer outro mercado, o Forex, apesar de ter lucratividade e um potencial exclusivamente alto é também um mercado de risco. É possível obter sucesso nele somente após um tempo com treinamento, o que inclui a familiarização com a estrutura e os tipos do Forex.


Os princípios de formação de preços das moedas, os fatores que afetam as alterações de preços, e os níveis de riscos de transações, fontes de informações necessárias para dar conta de todos esses fatores, técnicas para analisar e prever os movimentos do mercado, bem como as ferramentas e regras de negociação. Um papel importante no processo de preparação para negociar no Forex é a demotrading, como dito anteriormente. Isto é, negociar utilizando uma conta “demo” com um pouco de dinheiro virtual, que permite testar todo o conhecimento teórico e obter um mínimo necessário de experiência de negociação, não estando sujeito a perdas significativas. Você já abriu a sua?
Relacionamos alguns dados sobre a origem e o desenvolvimento do mercado de câmbio.


O mercado de câmbio possui uma longa história cuja origem pode ser encontrada no antigo Oriente Médio e na Idade Média, quando o comércio de câmbio começou a tomar forma após os banqueiros mercantis internacionais terem desenvolvido as letras de câmbio, que eram pagamentos transferíveis a terceiros, que permitiam flexibilidade e crescimento em negociações em moedas estrangeiras.


O mercado de câmbio atual, caracterizado por períodos de alta volatilidade (que é a freqüência e a amplitude da alteração de um preço) e pela relativa estabilidade, formou-se no século XX. Em meados dos anos 30, a capital britânica, Londres, tornou-se o centro líder em mercado de câmbio, e a libra esterlina atuava como a moeda para se negociar e manter como uma moeda de reserva.

 

Uma vez que, nos velhos tempos, o mercado de câmbio era negociado através de máquinas de telex, ou cabo, a libra obteve o apelido genérico de “cabo” (“cable”). Após a Segunda Guerra Mundial, quando a economia britânica foi destruída e os Estados Unidos era o único país não afetado pela guerra, o dólar americano, de acordo com o Acordo Breton Woods entre os EUA, a Grã-Bretanha e a França (1944) tornou-se a moeda de reserva para todos os países capitalistas.

 

Todas as moedas foram fixadas em dólares norte-americanos (através da constituição de variações de moedas mantida pelos bancos centrais de países relevantes por meio das intervenções ou compras de moedas). Por sua vez, o dólar norte-americano estava fixado ao ouro por $35 por onça. Sendo assim, o dólar norte-americano tornou-se a moeda de reserva mundial.

 

Segundo aquele mesmo acordo, organizou-se o Fundo Monetário Internacional (FMI), que hoje presta suporte financeiro significativo aos países em desenvolvimento e aos antigos países socialistas que passam pela transformação econômica. Para atingir essas metas, o FMI utiliza instrumentos como as Reserve trenches, que permitem que um membro saque seu próprio ativo de reserva no momento do pagamento, saques Credit trenches, e arranjos stand-by.


As letras são as formas padrão de empréstimos do FMI, diferenciadas daquelas com a facilidade de financiamento compensatório (compensatory financing facility) que oferece ajuda financeira a países com problemas temporários, gerados por reduções em suas receitas de exportação. A “buffer stock financing facility” que tem o objetivo de auxiliar a estocagem de commodities primário de modo a garantir a estabilidade de preços de uma commodity específica e a “extended facility”, desenvolvida para prestar assistência a membros com problemas financeiros.


No final dos anos 70, a flutuação livre das moedas foi determinada oficialmente, tornando se assim, o marco mais importante da história dos mercados financeiros no século XX, levando à formação do Forex como é hoje concebido. Isto é, as moedas podem ser negociadas por qualquer um, e seus valores são uma função das forças atuais de oferta e demanda no mercado, sendo que não há pontos específicos de intervenção que devam ser observados.

 

O mercado de câmbio tem experimentado um crescimento espetacular em volume desde que se permitiu que as moedas flutuassem livremente entre si. Enquanto a rotatividade diária em 1977 era de US$ 5 bilhões, ela aumentou para US$ 600 bilhões em 1987, atingiu a marca de US$ 1 trilhão em setembro de 1992, e estabilizou-se por volta de US$ 1,5 trilhão em 2000. Os principais fatores que influenciaram o crescimento espetacular de volume serão mencionados abaixo.


A crescente influência mútua entre diferentes economias quanto a taxas bancárias estabelecidas pelos bancos centrais, afeta essencialmente as taxas de câmbio das moedas e a competição mais intensa em mercados de bens e ao mesmo tempo na ligação de corporações de diferentes países, fazendo com que a revolução tecnológica na esfera do mercado de câmbio aconteça. Esta última ocorreu através do desenvolvimento de sistemas de negociação automatizados, e na transição para o mercado de moedas através da Internet.

 

Além dos sistemas de negociação, sistemas coincidentes conectam, simultaneamente, todos os negociadores ao redor do mundo, duplicando eletronicamente o mercado das corretoras. Os avanços na tecnologia, em software de computadores e telecomunicações, além da maior experiência, têm aumentado o nível de sofisticação dos negociadores, bem como a habilidade para gerar lucros e controlar adequadamente os riscos nas negociações. Dessa forma, a sofisticação dos sistemas levou a um maior volume de negociações.

 

Reserva de países.

 

Além da moeda de reserva global – o dólar americano está também em outros países de reserva regional e internacional.
Em 1978, os nove membros da Comunidade Européia ratificaram um plano para a criação do Sistema Monetário Europeu, administrado pelo Fundo Europeu de Cooperação Monetária. Em 1999, esses países, que constituíam a chamada Euro zone, implementaram a transição para a moeda comum européia – o Euro.


As notas de Euro são emitidas em denominações de 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 Euros.
O Euro é uma moeda de reserva regional para os países da zona européia, assim como o Iene japonês é para os países do Sudeste Asiático. O portfólio de moedas de reserva pode mudar, dependendo de condições internacionais específicas, incluindo assim o Franco Suíço.

 

A importância dos Bancos Centrais, G 7 e Estados Unidos.


Todos os Bancos Centrais, bem como o Sistema Federal Americano de Reserva (U.S. Federal Reserve System – FRS), afetam os mercados estrangeiros de câmbio alterando as taxas de desconto e desempenhando as operações monetárias (como intervenções e compras de moeda).


Dentre as operações de câmbio mais significantes estão os contratos de recompra, pelos quais se vende o mesmo título de volta pelo mesmo preço, em uma data futura predeterminada (geralmente, dentro de 15 dias), e a uma taxa de juros específica. Esse contrato representa uma injeção temporária de reservas no sistema bancário.


O impacto sobre o mercado de câmbio estrangeiro é tal que a moeda nacional deve enfraquecer.
Os contratos de recompra podem ser tanto contratos de recompra de clientes (customer repos), ou contratos
de recompra do sistema (system repos).


Contratos de correlação de compra e venda


São exatamente o oposto dos contratos de recompra. Ao assinar um contrato casado de compra e venda em um banco ou o FRS vende um título para entrega imediata a um negociador ou banco central estrangeiro, com o contrato de comprar de volta no mesmo título pelo mesmo preço em uma data futura predeterminada (geralmente, dentro de 7 dias). Esse contrato representa uma drenagem temporária de reservas. O impacto sobre o mercado de câmbio estrangeiro é tal que a moeda nacional deveria se fortalecer.


As operações monetárias incluem pagamentos entre bancos centrais ou para agências internacionais. Além disso, o FRS tem realizado uma série de contratos de swap [troca] de moedas com outros bancos desde 1962. Por exemplo, para ajudar um esforço de aliados de guerra contra a invasão do Iraque ao Kuwait em 1990-1991, os pagamentos foram feitos pelo Bundesbank e Bank of Japan ao Federal Reserve. Ainda, os pagamentos ao Banco Mundial ou às Nações Unidas são feitos através de bancos centrais.


A intervenção no mercado de câmbio estrangeiro dos Estados Unidos pelo Tesouro dos EUA (U.S. Treasury) e pelo FRS tem o objetivo de restaurar as condições apropriadas do mercado ou influenciar as taxas de câmbio. O objetivo não é afetar as reservas.

 

Tipos de Intervenções


Há dois tipos de intervenções no mercado de câmbio:
• A intervenção esterilizada
• A intervenção não esterilizada;

 

A intervenção não-esterilizada refere-se unicamente à atividade de câmbio estrangeiro. Tudo o que ocorre é a intervenção em si, na qual a Reserva Federal compra ou vende dólares norte-americanos em uma determinada moeda. Além do impacto no mercado de câmbio, há também o efeito monetário na oferta da moeda. Se a oferta da moeda sofrer impacto, ajustes conseqüentes deveram ser feitos nas taxas de juros, nos preços, e em todos os níveis da economia. Dessa forma, uma intervenção não-esterilizada no mercado de câmbio tem um efeito de longo-prazo.


A intervenção esterilizada neutraliza seu impacto na oferta da moeda. Uma vez que há poucos bancos centrais que desejam que o impacto de suas intervenções nos mercados de câmbio afete todos os setores da economia, as intervenções esterilizadas têm sido as opções de escolha. Isto também é verdade para o FRS.

 

A intervenção esterilizada envolve uma etapa adicional da transação de moeda original. Esta etapa consiste de uma venda de títulos do governo que compense a adição de reserva que ocorre por causa da intervenção. Pode ser mais fácil visualizar isso se pensarmos que o banco central irá financiar a venda de uma moeda através da venda de um determinado número de títulos do governo. Visto que a intervenção esterilizada somente gera impacto na oferta e na demanda de uma determinada moeda, seu impacto tende a ter um efeito de curto a médio prazo.

 

 

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