
UNIVERSO DO FOREX
Continuação
O que é um suporte e uma resistência?
A cotação de um dado título depende essencialmente de um luta entre compradores e vendedores. Tal e qual como um qualquer mercado, o comprador tenta baixar o preço enquanto que o vendedor tenta puxar os preços para cima. Quando o comprador define um preço que ajuda o do vendedor, acontece a transação.
Como ponto de referência, tomemos as cotações da Brisa. Sempre que este título chegou junto dos 8.7 Euros, os vendedores tomaram controlo das cotações e impediram que o preço continuasse a subir. A cotação de 8.7 Euros é um nível de resistência, pois a cotação não conseguiu romper esse valor.
Analisemos o período de Julho a Agosto de 1998. Durante essas sessões de Bolsa a cotação esteve sempre acima do nível dos 7.72 euros.
Nessa situação, a ação dos compradores fez-se sentir, o que evitou, que a cotação baixasse abaixo do nível de 7.72. Por esta razão, o nível dos 7.72 Euros é definido como sendo um valor suporte.
Em resumo, num nível de suporte, os investidores presumem que as cotações evoluem sempre com valores acima desse valor. Isto pressupõe que a ação dos compradores será sempre mais forte que a dos investidores. No caso de um nível de resistência, o mercado estima que as cotações do título evoluirão sempre em valores abaixo desse valor. Assim, a ação dos vendedores, será sempre mais decisiva do que a dos compradores.
No entanto, não se pode definir a identificação dos níveis de suporte e de resistência como uma fórmula mágica para identificar a evolução de um título. De fato, é habitual que, tanto um nível de suporte como um nível de resistência sejam rompidos.
Nessa situação, o valor de 7.72 Euros era um valor de suporte. No entanto, no dia 30 de Setembro houve um rompimento desse nível. Na prática isto significou que as expectativas do mercado apontavam para uma queda da cotação do título.
Para que isto aconteça basta, por exemplo, que o mercado reaja à divulgação de uma notícia ou de um rumor!
Quando ocorre o rompimento de uma resistência ou suporte, acontece muitas vezes que um nível de suporte se torna um nível de resistência. Essa situação corresponde à expectativa bearish face à evolução de cotação. No extremo oposto temos a situação em que um nível de resistência se torna num nível de suporte.
Tal circunstância ocorre numa situação em que está gerada uma expectativa bullish face à evolução da cotação dos títulos.
Com esta aula pretendeu-se que o investidor consiga identificar facilmente os seguintes termos técnicos:
a) Suporte
b) Resistência
c) Pivot (linha de tendência)
Há vários sites na internet que publicam diariamente tabelas contendo os principais pontos de Suporte, Resistência e Pivot:
www.fx-charts.com/forecasts/fxcharts.htm
O site www.forexcuritiba.com também publica uma tabela anexa a análise técnica diariamente publicada na seção: Análise Técnica EUR/USD
Fórmula para calcular Pivot e Resistance:
Pivot (P) = (H+L+C)/3
Nível de Resistencia1 (R1) = (2*P)-L
Nível de Suporte 1 (S1) = (2*P)-H
Nível de Resistencia2 (R2) = (P-S1)+R1
Nível de Suporte 2 (S2) = P-(R1-S1)
Nível de Resistencia3 (R3) = H+2*(P-L)
Nível de Suporte 3 (S3) = L-2*(H-P)
P= Pivot R=Resistência S=Suporte H= Alta L=Baixa c= Fechamento
Para calcular o ponto pivot ou os níveis de suporte e resistência para operar no dia, você precisa obter as cotações de alta (high) e baixa (low) e o valor de fechamento do dia anterior e aplicar os dados conforme as fórmulas acima descritas.
Também existe a possibilidade de você utilizar o site abaixo:
www.fxstreet.com/conversor/fppc/fppc.asp
Como utilizar o ponto pivot ou os níveis de suporte e resistência para operar:
Com base em um artigo publicado por William Greenspan, a idéia geral é abrir uma posição Long (compra) acima do ponto pivot e abrir uma posição Short (venda) abaixo do ponto pivot. Salientando que a posição do mercado (Bull (alta) ou Bear(baixa)) também é importante antes de tomar a decisão. A primeira vez em que o ponto pivot é atravessado (acima ou abaixo) será o ponto mais importante.
Estando em “Long” ou “Short” e partindo do ponto Pivot (P) poderia começar a obter ganhos no suporte (S1) para os que estão “Short” ou na resistência (R1) para os que estão “Long”. Os operadores Countertrend poderiam esperar ir “Long” quando S1 estiver aproximando e ir “Short” quando R1 estiver aproximando (obtendo ganhos).Operadores Breakout poderiam esperar ir “Short” abaixo do cruzamento de S1 (A) com objetivo de ganhos em S2. Da mesma maneira esperariam ir “Long” quando R1 for atravessado (B) com objetivo de ganhos em R2.
Posição “long” = posição de compra (ex: EUR/USD long no Euro e Curta no Dólar)
Posição “Short” = posição de venda (ex: EUR/USD Short no Euro e Long no Dólar)
Estudos Técnicos:
A maioria dos gráficos disponíveis tanto em plataformas como em provedores Feeds, permite a configuração sobre eles de estudos técnicos personalizados que podem ser aplicados de forma simultânea ou individual vindo a prover uma análise técnica de mercado muito eficiente. Abaixo vamos ver algumas dessas ferramentas descritas de forma individual, que em muito podem ajudar na tomada de decisões frente ao mercado.
• Bollinger Bands.
• Commodity Chanel index (CCI)
• Fibonacci e Fibonacci Fan.
• Relative Strength Indicator (RSI).
• Taxa de Variação (Rate of Change - ROC).
• Momentum.
• MACD.
• Médias: Móveis aritmética e exponencial.
• Oscillador.
• Stochastic Lenta.
CCI: Commodity Channel Index
Donald R. Lambert
Este indicador foi criado, originalmente, para aplicação nos mercados de Commodities. Sua arquitetura matemática está calcada em raciocínio estatístico comparativo de um certo período, utilizando-se o desvio médio da média aritmética dos valores máximo, mínimo e último.
O autor parte da observação feita por ele de que, 80% das cotações se concentram na área delimitada pelas retas horizontais +100 e -100. Fora desses limites, estariam as melhores probabilidades de lucro.
O sistema não considera inversões de posições. Quando o indicador corta a linha +100 de baixo para cima é caracterizado um ponto de compra. Essa posição deve ser zerada abaixo da linha +100, quando o indicador volta e corta, de cima para baixo, essa linha. Quando o indicador corta de cima para baixo a linha -100, caracteriza uma posição de venda, que deve ser zerada acima da linha -100, após o indicador cortar essa linha, de baixo para cima. Procure ajustar o parâmetro aos melhores resultados alcançados no passado.
Pela sua característica peculiar, esse estudo pode ser aplicado também nos mercados de futuros e opções. Apesar de pouco usado nos mercados de ações, bem ajustado, poderá oferecer excelentes sinais. Observe, na figura abaixo, a aplicação do CCI no mercado da opção de compra OPM4 da Paranapanema, com vencimento em agosto de 1990.
Em A, a sugestão do primeiro sinal de venda, quando o CCI corta a linha -100. Mais à frente, o CCI volta acima de -100, porém, retorna no tempo seguinte sem dar tempo de zerar a posição. A penetração em B provocou o fechamento da posição vendida.
Em C, +100 é ultrapassado. No tempo seguinte, entretanto, volta e somente após D, assumimos a posição de compra. Em E zeramos a posição comprada e em F assumimos posição de venda.
Normalmente, o sistema indica com certo atraso os pontos de entrada (compra e venda). Para acelerar a tomada de posição, muitos operadores introduzem no estudo uma terceira linha horizontal entre as cotas +100 e -100, na cota zero. Quando ela é cortada de baixo para cima pela linha do indicador, a posição de compra pode ser tomada. Quando ela é cortada de cima para baixo pela linha do indicador a posição de venda é a tomada. As posições são zeradas sempre que há o corte das linhas +100 ou -100 conforme regra original.
Bibliografia: Revista Technical Analysis of Stocks & Commodities, outubro de 1980, pags. 40 e 41, editada por Technical Analysis Inc. 9131 California Ave. SW PO Box 46518, Seatle WA 98146-0518 USA.
MACD:
O MACD é um indicador de tendência, que segue a relação entre os valores de duas médias móveis (normalmente as médias móveis de 26 e de 12 dias). Uma média de 9 dias da linha MACD é usada também como linha de controle, ou linha de sinal . Através da posição relativa com a linha MACD, a linha de sinal poderá mostrar oportunidades de compra, ou de venda.
MACD: Convergência/Divergência de Médias Móveis Exponenciais
Gerald Appel
Este estudo se compõe da diferença entre duas médias móveis exponenciais representada por uma linha cheia (linha principal), e pela média também exponencial desta diferença, representada por uma linha tracejada e denominada sinalizador.
Não se esqueça que a ordem das médias é essencial. Primeiro, a menor média da diferença e segundo, a maior. O sinalizador da linha gerada por essa diferença será uma média exponencial de 9 dias dessa média e esse valor será digitado em terceiro lugar.
Para fixar idéias, suponha que os períodos das médias que queremos usar são os mesmos do exemplo anterior: 25 e 12. O período do sinalizador será 9. A ordem dos valores a serem digitados ao se estruturar o bloco será: 12; 25 e 9. A inversão da ordem da digitação provocará a inversão do indicador.
Os sinais gerados pela convergência-divergência das médias móveis exponenciais são de fácil interpretação:
• Sinal de compra: A linha cheia corta a tracejada de baixo para cima.
• Sinal de venda: A linha cheia corta a tracejada de cima para baixo.
O estudo admite também a interpretação de divergências e corte de linhas de tendência. Os sinais de compra que se verificam abaixo da linha zero, são mais fortes que os que se verificam acima dessa linha, porém após o desenvolvimento de uma grande tendência, geralmente o primeiro sinal não costuma ser lucrativo.
Todos os sinais de intercessão das médias seguidas pela violação de suportes e resistências traçadas no próprio indicador, têm maior probabilidade de realizarem lucros. O acompanhamento assíduo de um ativo poderá determinar zonas "overbought" e "oversold".
Bibliografia: The Moving Average Convergence-Divergence Trading Method (Advanced Version) de Gerald Appel - Editado por Scientific Investment Systems, Inc. - 62 Wellesley Street West - Toronto, Ontario M5S 2X3 - Canada.
Médias Móveis:
O que são médias móveis? A média móvel é um indicador simples que nos mostra a média dos preços de um instrumento num período de tempo definido (por exemplo, os últimos 10 períodos do gráfico).
As médias móveis são usadas muitas vezes para tomarmos decisões de compra, ou de venda, baseadas no fato do preço atual do instrumento estar acima, ou abaixo da média móvel (use o zoom do gráfico para ter uma melhor percepção).
Média móvel exponencial ponderada está disponível a partir de Estudos do menu do gráfico, e dá-nos uma média móvel ponderada calculada sobre o intervalo integral do preço do instrumento, e é enviesada no sentido dos preços mais recentes usando um fator de ponderação exponencial. Um fator de suavização pode ser inserido através da caixa de diálogo, para suavizar as oscilações em gráficos mais voláteis.
RSI (Relative Strenght Index):
O que é o RSI?ou IFR: O RSI é um oscilador muito popular que compara a velocidade dos ganhos e das perdas de um instrumento, e nos dá um indicador (0 a 100). O RSI pode ser muito útil em identificar níveis de overbought / oversold (região que sinalisa compra ou venda), divergências, e pode nos dar uma indicação das condições do mercado (bullish (tendência de alta) ou bearish (tendência de baixa)).
Confusão o RSI mostra-nos a força interna de um instrumento, e não deve ser confundido com o Relative Strenght Indicator ou o Comparative Relative Strenght, que comparam instrumentos com um índice do mercado, para nos mostrar como o instrumento se comporta relativamente ao mercado.
Valores muito usados para o RSI são:
• 14 dias (selecione a escala de tempo do gráfico para 1 dia e insira para o RSI, o valor de 14) como foi sugerido pelo criador do indicador.
• 9 dias (selecione a escala de tempo do gráfico para 1 dia e insira para o RSI, o valor de 9).
IFR - Índice de Força Relativa
J. Welles Wilder Jr.
Um dos mais conhecidos e usados osciladores, foi criado como artifício para suavizar a ação da técnica "Momento", base estrutural da maioria dos indicadores. O índice de força relativa ou simplesmente IFR, muitas vezes se antecipa aos movimentos indicados pelo gráfico de barras. Admite-se a aplicação da técnica das linhas de suporte e resistência, bem como a interpretação das mesmas figuras que se formam no gráfico de barras.
A escala vertical é construída de 0 a 100. Nas cotas 30 e 70 ou 20 e 80 são traçadas retas horizontais. Geralmente, acima da cota 70, formam-se os topos e abaixo da cota 30 formam-se os fundos.
A escala horizontal representa o tempo. O estudo não estabelece regras para essa escala. Assim, não se pode prever o espaço de tempo para se formar um topo ou um fundo, quando está estabelecida uma forte tendência de alta ou baixa. Utiliza-se porém, o rompimento de linhas de suporte e resistência como indicação de mudança de tendência.
Devemos esclarecer, entretanto que esse oscilador é indicado para mercado com desenvolvimento lateral ou como comumente é denominado: "de lado". Nas fortes tendências, rapidamente ultrapassa o nível 70 ou 80 e daí em diante tem pequenas variações em altos níveis.
Porém, quando o movimento se caracteriza "de lado", a ultrapassagem das cotas 30, para baixo ou 70, para cima, já significa mercado "oversold" ou "overbought", respectivamente.
O estabelecimento de divergências entre o gráfico de barras e o oscilador, isto é, enquanto o gráfico de barras forma topos cada vez mais altos, o IFR forma topos cada vez mais baixos, ou ao contrário, o gráfico de barras forma fundos cada vez mais baixos enquanto o IFR forma fundos cada vez mais altos, pode traduzir uma iminente mudança de tendência. A posição somente deverá ser tomada, após o claro rompimento do último fundo ou último topo, respectivamente. Pode-se usar o rompimento das linhas de suporte e resistência, desde que, esses níveis não estejam muito longe desses pontos significativos.
A divergência também se instala quando o gráfico de barras está em movimento lateral e o IFR se desenvolve em uma ou outra direção. A divergência deve ser entendida, depois que o IFR atinge e supera as cotas 30 ou 70.
Procuraremos dar, no exemplo a seguir, os pontos de compra e venda oriundos da formação de divergências. Esses são os pontos de maior probabilidade de acerto.
Chamamos a atenção para o fato de que, em mercados com forte tendência, é impróprio denominarmos a ultrapassagem das linhas 70 para cima ou 30 para baixo, respectivamente, de mercados overbought e oversold.
Em nossa opinião, os mercados de forte tendência passam a receber essa denominação, somente, após apresentarem o fenômeno de divergência e, mesmo assim, quando grande parte dela se realiza acima dos 70 ou abaixo dos 30.
Para que o assunto fique bem claro, vamos procurar associar os gráficos de barra e IFR com o lançamento de uma bola, verticalmente, para cima.
Essa bola ao ser lançada, percorre uma trajetória, alcançando uma altura máxima. No início do lançamento a velocidade se desenvolve de maneira ascendente, com uma certa aceleração. Depois de certo tempo, por ação da gravidade e atrito, a aceleração vai decrescendo até anular-se. Em todo esse tempo a bola continua a subir até mesmo por inércia, depois da anulação da aceleração. Ao atingir o ponto de máxima altura, sua velocidade se anula e o processo se inverte.
Associando essa configuração ao gráfico de barras e ao IFR, dizemos que o primeiro traduz a trajetória da bola e, o indicador IFR, a aceleração da bola nessa trajetória. Assim, pode-se explicar a divergência dentro de um conceito físico bastante claro e muito útil à interpretação gráfica.
Quando a trajetória dos preços é ascendente e a do índice é descendente, significa que os preços sobem mas, a aceleração desse movimento diminui. É provável que a trajetória ascendente vá mudar de direção em futuro próximo. Ao primeiro sinal dessa mudança, tome a posição conveniente.
Vamos estudar a figura apresentada. Após o início da alta, os preços se orientaram segundo a trajetória A-B, enquanto a aceleração foi diminuindo entre C-D. No ponto 1 foi rompida a linha C-D da tendência do oscilador evidenciando queda de aceleração. Os preços continuaram a subir por inércia, dando tempo a que zerássemos nossa posição comprada, com tranqüilidade. Se estivéssemos atuando em mercado futuro, deveríamos até, assumir posição vendida.
Entre E-F os preços tiveram desenvolvimento lateral ("de lado"), enquanto em G-H, no IFR, ficou evidenciada uma aceleração positiva. Observe que os dois últimos topos são ascendentes. Em 2, a linha de tendência é rompida, sinalizando o término do movimento lateral e aceleração crescente (hora de assumir posição de compra). Procure agora justificar a venda em 3.
Bibliografia: New Concepts in Technical Trading Systems, J. Welles Wilder Jr.(R) Trend Research, Trend Research Building-MacLeans Square, P.O. Box 128- MacLeansville, N.C. 27301 - USA
Momentum:
O que é o Momentum? O momentum é uma medida do montante da variação do preço de um determinado instrumento, num período de tempo (taxa de variação). O Momentun pode ser útil na identificação de tendências e as suas taxas de variação. Por exemplo, uma tendência de subida de um preço, pode estar a ficar mais forte, mais fraca, ou nem uma coisa nem outra, baseando-se em indicações de overbought / oversold. O Momentum mostra-nos a mesma informação da taxa de variação (ROC – Rate of Change), mas expressa numa razão, em vez de numa percentagem ou em pontos.
As interpretações com sucesso deste estudo dependem da identificação correta do espaço de tempo (n) apropriado para um determinado mercado.
Limitações: os indicadores Momentum podem sofrer de distorções devido a movimentos muito grandes dos preços, que ocorreram exatamente n dias atrás, e que podem causar mudanças no Momentum, apesar do preço atual permanecer estável. Pode também ser difícil de saber quando o Momentum está a mover-se em direção a variações extremas, sabendo-se que cada instrumento tem as suas características próprias relativamente a uma variação extrema.
Oscilador:
O que é o Oscilador? O Oscilador mostra-nos a diferença entre duas Médias Móveis. Como o Momentum, o Oscilador pode ser útil para identificar tendências e as suas taxas de variação. Por exemplo, determinar se uma tendência de preço está a ficar mais forte, mais fraca, ou nem uma coisa nem outra.
Histograma de Médias Móveis
Os Histogramas de Médias Móveis são construídos a partir da diferença entre duas médias. Eles são apresentados com os campos positivo e negativo separados por uma linha horizontal neutra de valor igual a zero. Esse tipo de oscilador pode ser utilizado para a verificação de:
• Divergências: Elas acontecem quando a reta que liga os topos ou os fundos de um dos lados do histograma, tem inclinação inversa à tendência dos preços.
Quando de ambos os lados temos possibilidade de traçarmos retas que se contradizem, a divergência perde o valor.
• Reações de acomodação nas tendências primárias: Essas reações são bem visíveis em fortes tendências. Após um movimento significativo, em que o histograma apresenta barras de grande altura, há uma probabilidade muito grande que as barras se aproximem da linha neutra e voltem, mantendo a tendência primária. No gráfico de barras, isso significa uma reação ou acumulação dos preços até que as médias se aproximem.
• Pontos de Compra e Venda: O cruzamento das duas médias móveis que se verifica sobre a linha neutra. Normalmente, são pontos de compra ou venda atrasados, somente válidos para grandes tendências.
Bibliografia: Technical Analysis of the Futures Markets, John J. Murphy
Taxa de Variação (ROC – Rate of Change):
O que é a ROC? A taxa de variação é uma medida de quanto o preço de um determinado instrumento variou num determinado período de tempo. A ROC indica-nos a mesma informação do Momentum, mas expressa os seus resultados em pontos ou em percentagem, em vez de numa razão. Como o Momentum, a ROC pode ser útil para determinar se uma tendência de preço está a ficar mais forte, mais fraca, ou nem uma coisa nem outra, baseando-se em indicações de overbought / oversold.
Valores muito usados para a ROC incluem taxas de variação para 12 e 25 dias para boas análises de médio prazo. Por exemplo, com a escala de tempo do gráfico de 1 dia, selecione a ROC para 12 dias. As ROCs podem ser usadas em gráficos de um dia para nos mostrar oscilações intra-day, até 200 dias para análises de longo prazo.
Momento & ROC - Rate of Change
O conceito de Momento é muito importante, pois sua base de construção é usado em todos os osciladores. A medição do Momento é feita continuamente por comparações de preços dentro de um intervalo que varia no tempo, mas é fixo no espaço.
Para fixar idéias, vamos considerar a medição do Momento no espaço de 10 dias. A medida do Momento de hoje seria a cotação do fechamento de hoje menos a cotação do fechamento de dez dias atrás. A de ontem, seria a cotação do fechamento de ontem menos a cotação de 11 dias atrás, em relação à hoje. A de amanhã, será a cotação de fechamento de amanhã menos a cotação de fechamento de 9 dias atrás, em relação à hoje.
O sinal será positivo se o valor do dia considerado, for maior que o passado ao qual está sendo relacionado e negativo, se for menor. Plotando essas diferenças e suas conseqüentes em um sistema de coordenadas cartesianas, a linha que se obtêm unindo-se esses pontos representa o "Momento".
Vamos supor que a diferença entre alguns dias seja a mesma. Isso significa que o preço variou de um valor fixo e quando fizermos a representação gráfica veremos um segmento de uma reta horizontal. Quando os valores forem iguais, naturalmente, a diferença será zero. Suponhamos agora que essa variação é crescente. A reta deixa de ser horizontal e começa a se elevar. Se a variação é decrescente a reta começa a descer.
Façamos uma analogia entre o Momento e um carro movimentando-se em uma estrada. Quando ele está em velocidade constante ele se equipara às diferenças iguais. Quando muda de velocidade, compara-se às diferenças desiguais. E, quando parado, compara-se a diferença zero.
O Momento pode ser entendido como uma medição da velocidade dos preços do ativo que estamos enfocando. E, pela maneira que é construído ele estará, quase sempre, à frente do gráfico de barras que representa o movimento dos preços.
Devemos chamar a atenção para a aplicabilidade do estudo e todas suas variações - os osciladores em geral:
• Os sinais gerados pelos osciladores devem ser aceitos se eles estão de acordo com a tendência primária.
• Se o mercado está com desenvolvimento lateral, todos os sinais gerados podem ser aceitos, desde que a amplitude do movimento "de lado" seja suficientemente extenso para compensar o risco.
• No fim de tendências, quando se apresentarem divergências, os sinais contra a tendência primária podem ser aceitos.
Uma outra medida do Momento é feita por quocientes em vez de diferenças, recebendo o nome de "Rate of Change" - ROC. O resultado é análogo.
Pontos de Compra e Venda
• Os pontos de compra se verificam quando a linha representativa do Momento, vindo de baixo para cima, cortar a linha de referência 0 e a tendência primária for de alta, ou verificarmos divergências entre o gráfico de barras e o Momento.
• Os pontos de venda serão dados de maneira simétrica, quando a linha representativa, vindo de cima para baixo, cortar a linha de referência 0 e a tendência primária for de baixa, ou verificarmos divergência entre o gráfico de barras e o Momento.
No exemplo apresentado a seguir, as posições V1 e C2 foram tomadas por cruzamento da linha "0" (zero) e presença de divergência. V2 foi evidenciado pelo cruzamento da linha 0 e pela manutenção da tendência primária de baixa.
Pela característica apresentada no gráfico de barras, o ponto C1 não deveria ser aceito. Porém, na verdade, a tendência principal era de alta, razão pela qual consideramos o sinal.
Bibliografia: Technical Analysis of the Future Markets, John J.Murphy New Concepts in Technical Trading Systems, J. Welles Wilder Jr.