UNIVERSO DO FOREX


 

Continuação de Analises Tecnicas

 

Osciladores


Osciladores - Os osciladores foram desenvolvidos para fornecer sinais relativos a condições de sobre-compra e sobre- venda do mercado. Portanto, os sinais dos osciladores são mais úteis nos extremos de suas escalas. O cruzamento da linha zero, quando aplicável, geralmente gera sinais de direção.


Índice de Canal de Commodity. O índice de canal de commodity (CCI) consiste da diferença entre o preço usual da moeda e a média de preços ao longo de um período de tempo. Um sinal de compra é gerado quando o preço excede a linha superior (+100), e um sinal de venda ocorre quando o preço desce abaixo da linha inferior (-100). Um exemplo deste indicador é mostrado na Figura 4.61. Como podemos ver nessa Figura, o CCI oscila ao redor de 0 no intervalo de -100 a +100. Valores de CCI>100 indicam uma sobre-compra (a posição de venda parece racional), e um valor de CCI<100 é sinal de uma sobre-venda (a posição compra parece racional).

 

 

Índice de Movimento Direcional. O índice de movimento direcional (DMI, do inglês Directional Movement Index) fornece um sinal da presença de uma tendência clara no mercado. A linha simplesmente estipula o movimento direcional do preço em uma escala de 0 a 100%. Quanto maior o número, melhor será a tendência potencial do movimento, e vice versa. Um exemplo do indicador DMI para 14 dias esta mostrado na Figura 4.62.

 

 

Para construir um gráfico de indicador DMI, duas linhas devem ser geradas, medindo a pressão de compra e de venda. Essas linhas são chamadas +DI (isto é, o indicador direcional positivo, mostrado na Figura 4.62 pela linha verde), e –DI (isto é, o indicador direcional [negativo], mostrado na Figura 4.62 pela linha preta). Se a linha +DI for mais alta do que a –DI haverá uma situação de alta, caso contrário, uma situação de baixa, como na Figura 4.62. As linhas +DI e –DI são bases para criar uma terceira chamada de linha do movimento direcional (ADX). Esta última oscila em limites de 0 a 50. Os valores da ADX abaixo de 20 correspondem à ausência de uma tendência clara no mercado. A subida da linha ADX acima de 20 é um sinal de alerta sobre o início da formação de uma tendência. Uma linha ADX que esteve acima de 40 e irá cair, sinaliza a exaustão da tendência.


Estocástica. Gera sinais de transações antes de aparecerem nos preços em si. O conceito de estocástica é baseado em observações que, conforme o mercado se torna de alta, os preços de fechamento tendem a se aproximar das altas diárias; sendo que em um mercado de baixa, os preços de fechamento tendem a ser aproximar das baixas diárias.


Este oscilador consiste de duas linhas chamadas %K e %D. Visualize a %K como o instrumento desenhado, e a %D como sua média móvel.


As fórmulas para se calcular a estocástica são:
%K = [(CCL -L9)I(H9 -L9)] * 100,
Onde,
CCL – preço de fechamento atual;
L9 – a menor baixa dos últimos 9 períodos de transação;
H9 – a maior alta dos últimos 9 períodos de transação;
e
%D=(H3/L3) * 100,
onde,
H3 = CCL – L3;
L3= H3 – L3.


As linhas resultantes são traçadas em uma escala de 1 a 100, com sinais de alerta de sobre-compra e sobre-venda aos 70% e 30%, respectivamente. Os sinais de compra (inversão de alta) ocorrem abaixo de 10% e, ao contrário, os sinais de venda (inversão de baixa) acontecem acima dos 90%, após a virada da moeda (ver a Figura 5.67). Além desses sinais, a divergência de preços de moeda do oscilador gera sinais significativos. Um exemplo real de um oscilador estocástico é mostrado na Figura 4.63.


A intersecção das linhas %D e %K gera ainda mais sinais de negociação. Há dois tipos de intersecção entre as linhas %D e %K:


1. O cruzamento da esquerda, quando a linha %K cruza antes do pico da linha %D
2. O cruzamento da direita, quando a linha %K ocorre após o pico da linha %D

 

 

 

Convergência – Divergência de Médias móveis. O oscilador de convergência-divergência de médias móveis (MACD, do inglês Moving Average Convergence-Divergence) é construído sobre médias móveis suavizadas exponencialmente. O MACD é uma combinação de gráficos (1) da diferença de duas EMAS (uma curta e uma longa) e (2) da EMA “mais curta”, em que todas são traçadas em relação à linha zero. A linha zero representa as vezes em que os valores das duas médias móveis são idênticos. Um exemplo real do indicador MACD é mostrado na Figura 4.64.


Além dos sinais gerados pela intersecção das médias com a linha zero e pela divergência, sinais adicionais ocorrem quando a linha da média mais curta intersecta a linha da média mais longa. O sinal de compra é exibido por um cruzamento para cima, e o sinal de venda, por um cruzamento para baixo (ver a Figura 4.64).


Momento. É um oscilador desenvolvido para medir a taxa de uma mudança de preço. Este oscilador consiste da diferença líquida entre o preço de fechamento atual e o preço de fechamento mais antigo de um período predeterminado.


A fórmula para o cálculo do momento (M) é:
M=CCP-OCP,
Onde,
CCP – preço de fechamento atual;
OCP – preço de fechamento mais antigo para o período determinado.


Os novos valores obtidos dessa forma serão números positivos ou negativos, e serão traçados ao redor da linha zero. A adição algébrica da diferença obtida com o valor 100 que está sendo desempenhada em um indicador real originado deste programa oscila ao redor da linha 100. Em valores de momento M>100, pode-se dizer “O mercado aproveitou o momento”, caso contrário (M<100), “O mercado perdeu um momento”. Um exemplo real do indicador de momento para 14 dias é mostrado na Figura 4.65. Os valores máximos do indicador mostram a condição de sobre-compra; e os mínimos, as condições de sobrevenda do mercado. Em termos de prazos de tempo, não é necessário dizer que, quanto menor o número de dias incluídos nos cálculos, mais relacionado estará o momento a flutuações de curto prazo, e vice versa.

 

Índice de Força Relativa. O Índice de Força Relativa (RSI, do inglês Relative Stregth Index) mede as mudanças relativas entre os preços de fechamento mais altos e mais baixos (ver a Figura 4.66).

A fórmula para o cálculo do RSI é a seguinte:
RSI=100-[100/(1+RS)],
Onde,
RS – média de valores de todos os fechamentos de X (períodos de negociação predeterminados maior do que todos os fechamentos anteriores), dividida pela média dos valores de todos os fechamentos do mesmo período X menor do que todos os fechamentos anteriores.


Na maioria das vezes, o RSI é calculado para 14 dias. Os gráficos RSI são traçados em uma escala de 0 a 100%. Os valores de 70% e 30% são utilizados como sinais de alerta, onde valores acima de 85% indicam uma condição de sobre-compra (sinal de venda), e valores abaixo de 15 indicam uma condição de sobre-venda (sinal de compra). Segundo a análise técnica, o RSI é utilizado efetivamente junto com as faixas Bollinger. Acredita-se que uma posição de venda deve estar aberta quando um alto valor RSI ocorre e o gráfico do preço toca a faixa Bollinger superior de uma posição e compra O mesmo ocorre inversamente, quando um baixo valor RSI ocorre no gráfico do preço e toca a faixa Bollinger inferior.


Um exemplo real de um indicador RSI para 14 dias acompanhados do indicador das faixas Bollinger é mostrado na Figura 4.66.

 

 

Taxa de Mudança. A Taxa de Mudança (ROC, do inglês Rate of Change) é outra versão do
oscilador Momento. A diferença reside no fato de que, enquanto a fórmula do Momento se baseia na
subtração do preço de fechamento mais antigo do preço mais recente, a fórmula ROC se baseia na divisão
do preço de fechamento mais antigo pelo mais recente:


ROC = (CCP/OCP) * 100,
Onde,
CCP – fechamento atual;
OCP – fechamento mais antigo para o período determinado.


Um exemplo real do ROC para 14 dias é mostrado na Figura 4.67.

 

Taxa Percentual Larry Williams. A Taxa Percentual Larry Williams (Williams %R) é uma versão do oscilador estocástico. Ela consiste da diferença entre o preço de valor mais alto de um número de dias predeterminados, e o preço de fechamento atual, cuja diferença é, por sua vez, dividida pela variação total.
Este oscilador é traçado em uma escala invertida de 0 a 100% (Veja um exemplo real na Figura 4.68).
Portanto, os sinais de inversão de alta ocorrem abaixo de 80%, e os sinais de baixa aparecem acima dos 20%. As interpretações são semelhantes àquelas discutidas na estocástica.

 

 

É racional utilizar, para uma análise técnica detalhada, uma combinação de diferentes indicadores dentre os mencionados acima (ver a Figura 4.69).

 

 

Figura 4.69. Exemplo da combinação de indicadores técnicos no gráfico EMA (linha vermelha no gráfico de preços), RSI (indicador superior), Estocástica (indicador do meio) e MACD (indicador de baixo).


Fibonacci


A teoria de Fibonacci recebe esse nome de um proeminente matemático italiano do final do século doze e começo do século treze que desenvolve a proporção, que exerce um papel importante na previsão dos movimentos de mercado. Fibonacci introduziu uma série numérica aditiva que foi chamada de seqüência Fibonacci, consistindo da seguinte série de números: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181, (etc.).


Esses números exibem diversas relações notáveis, especialmente a proporção de qualquer termo da série ao próximo termo mais alto. Essa proporção tende resumidamente a 1,618, que é o inverso de 0,618. Da mesma forma, razões constantes existem entre números com dois termos de diferença, três termos de diferença, e assim por diante. A razão 0,618 é chamada de razão Fibonacci, ou “Espiral de Ouro”, e é observada na estrutura de muitos objetos e eventos naturais – desde a construção de conchas, até o formato de redemoinhos e furacões.


Os mercados financeiros exibem proporções Fibonacci em diversas maneiras. Em especial, elas são ferramentas poderosas para calcular o preço-alvo e aplicar parada. Por exemplo, se uma onda corretiva for prevista refazendo 61,8 por cento da onda de impulso anterior, um investidor poderia colocar uma parada levemente abaixo daquele nível. Isto garantiria que, se a correção fosse e maior grau do que esperada, o investidor não estaria exposto a grandes perdas. Por outro lado, se a correção terminar próxima ao nívelalvo, esse resultado irá aumentar a probabilidade da interpretação da onda favorita do investidor estar correta.

 

Teoria das Ondas de Elliott


O Princípio das Ondas Elliott é um sistema de regras derivadas empiricamente sobre a quantidade de ondas ascendentes e descendentes durante a história dos movimentos de um mercado. Esta teoria postula que todos os movimentos do mercado consistem de ciclos de 8 ondas cada um, incluindo cinco ondas na direção da tendência em uma maior escala, e três ondas contra essa tendência. Em um mercado ascendente, esse padrão de cinco ondas/três ondas forma um ciclo de mercado de alta/de baixa de oito ondas. O movimento ascendente de cinco ondas como um todo é chamado de onda de impulso, com sub-ondas rotuladas com valores, enquanto o movimento de contra-tendência de três ondas é descrito como a onda corretiva, com sub-ondas rotuladas com letras (ver a Figura 5.1). As amplitudes das ondas de correção estão subordinadas a algumas regras:


• A segunda onda nunca pode retraçar mais do que 100 por cento da primeira onda (por exemplo, em um mercado de alta, a baixa da Segunda onda não pode ir abaixo do início da primeira onda).
• A terceira onda nunca é a onda mais curta numa seqüência de impulso, geralmente, é a mais longa.
• A quarta onda nunca pode entrar na faixa de preço de uma primeira onda (ver a Figura 5.2). Como mostra a ilustração, as ondas de qualquer grau, em qualquer série, podem ser subdivididas e re-subdivididas em ondas de menores graus ou também expandidas em ondas de maiores graus. Além disso, os movimentos de menor escala se ligam para criar movimentos de maior escala, possuindo a mesma forma básica. Por outro lado, os
movimentos de larga escala consistem de subdivisões de menor escala, com as quais partilham uma similaridade geométrica. Uma vez que esses movimentos ligam-se em incrementos de cinco e três ondas, eles geram seqüências de números que os analistas podem utilizar (junto com as regras da formação da onda) para auxiliar na identificação do estado atual do desenvolvimento do padrão, conforme demonstrado na Figura 5.3.


Extensões. Em qualquer seqüência dada cinco ondas, há uma tendência para que uma das três subondas de impulso (onda 1, onda 3, ou onda 5) seja uma extensão — um movimento alongado, geralmente com subdivisões internas. Às vezes, essas subdivisões são quase da mesma amplitude e duração que as ondas de maior grau da seqüência de impulso principal, dando uma conta total de nove ondas de tamanho semelhante, ao invés da conta normal de cinco para a seqüência principal (ver a Figura 5.4). As extensões podem fornecer orientações úteis para os comprimentos das futuras ondas. A maioria das seqüências de impulso contêm extensões em apenas uma de suas três sub-ondas de impulso. Assim, se a primeira e a terceira onda forem da mesma magnitude, a quinta onda provavelmente será estendida, especialmente se o volume durante a quinta onda for maior do que o volume durante a terceira..


Triângulos Diagonais. Há certos padrões que parecem familiares à teoria de análise técnica, incluindo dois tipos de triângulos que devem ser considerados a partir da posição da teoria Elliott. O triângulo diagonal tipo 1 ocorre apenas nas quintas ondas e em ondas С, e sinaliza que o movimento anterior "foi longe demais, rápido demais", segundo as palavras de Elliott. Essencialmente uma formação de cunha ascendente definida por duas linhas de tendência convergentes, os triângulos diagonais de tipo 1 indicam a exaustão do movimento maior. Diferente e outras ondas de impulso, todas as sub-ondas do padrão, incluindo as ondas 1, 3 e 5, consistem de movimentos de três ondas, e suas quartas ondas geralmente entram na faixa de preços de suas primeiras ondas, conforme demonstrado na Figuras 5.5 e 5.6. Um triângulo diagonal tipo 1 ascendente é de baixa, visto que é geralmente seguido de uma queda rápida, ao menor nível em que a formação começa. Por outro lado, um triângulo diagonal tipo 1 descendente é de alta, porque um impulso de ascensão geralmente se segue.


O triângulo diagonal tipo 2 ocorre ainda mais raramente do que o tipo 1. Este padrão, encontrado na primeira onda, ou em posições de onda A em casos muito raros, lembra um diagonal de tipo 1 por ser definido por linhas de tendência convergentes, e sua primeira e quarta onda se sobreporem, conforme demonstrado na Figura 5.7. No entanto, ele difere significativamente do tipo 1 por suas sub-ondas impulsivas (ondas 1, 3 e 5) serem normais, ondas de impulso em cinco ondas, ao contrário das sub-ondas em três do tipo 1. Isto é consistente com a mensagem do triângulo diagonal tipo 2, que sinaliza a continuação da tendência subjacente, ao contrário da mensagem de término da tendência maior, dada pelo tipo 1.


Falhas (Quintas Truncadas). Elliott usava a palavra falha para descrever um padrão de impulso no qual o extremo da quinta onda falha ao exceder o extremo da terceira onda. As Figuras 5.8 e 5.9 mostram exemplos de falhas em mercados de alta e baixa. Como mostram as ilustrações, a quinta onda truncada contém a subestrutura de impulso necessária (onda cinco) para completar o movimento maior. No entanto, a falha ao ultrapassar a extremidade da onda de impulso anterior sinaliza fraqueza na tendência subjacente, e uma inversão acentuada geralmente se segue.

 

 

 

 

 

 

 

MERCADO DE BAIXA                               MERCADO DE ALTA

 

 

 

 

 

Figura 5.4. Diagramas de extensões da onda Elliott.

Figura 5.5. Diagrama de um padrão de alta.

 

 

 

 

 

 

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